Fotos: Vinicius Becker (Diário)
Entre salas de aula e projetos acadêmicos, nasce a Objetiva Júnior. Formada por alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a empresa carrega a energia da juventude e o rigor da pesquisa científica. É essa sintonia de características que conduz a execução da Top of Mind Santa Maria, pesquisa inédita promovida pelo Grupo Diário que vai revelar quais nomes e negócios foram destaque em 2025.
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Já são três décadas de história. Fundada em 7 de outubro de 1994, a Objetiva carrega o título de primeira empresa júnior multidisciplinar do Brasil. Criada por estudantes de Administração, Contabilidade e Engenharias, a iniciativa faz parte do movimento internacional de empresas juniores – que começou na França, nos anos 1960, e chegou ao Brasil nas décadas seguintes.
Hoje, a Objetiva atua com consultorias nas quatro grandes áreas da Administração: financeiro, marketing, pessoas e processos, e novos negócios e estratégia. Ao longo de três décadas, já contribuiu para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas da região. São mais de mil projetos atendidos para marcas como Sicredi, Totem, Beltrame Supermercados e Clube Dores. É em uma sala do prédio 74C, no Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), que o trabalho acontece.
Para o presidente executivo e estudante de Economia, Igor Santos, o impacto da Objetiva vai muito além do ambiente universitário:
– Ajudamos as empresas a tomarem decisões com mais clareza e transparência. Aqui na região, poucas organizações realizam pesquisas e consultorias com esse nível de profundidade. Por sermos uma empresa júnior, conseguimos oferecer qualidade e acesso. E isso é o que move o nosso propósito.
A pesquisa Top of Mind Santa Maria está entre os maiores desafios recentes da equipe, que atualmente é formada por 32 pessoas. Coordenada por Kauã Porto, diretor de projetos da Objetiva Júnior, a iniciativa envolve mais de 30 aplicadores e dois professores orientadores da UFSM, que acompanham todo o processo.
– É uma pesquisa extensa e muito intensiva, especialmente para quem está em campo. Cada entrevista dura cerca de 20 minutos e exige atenção dos aplicadores. Por isso, nos organizamos com antecedência, com cronogramas e escalas, para garantir qualidade e agilidade nos resultados – explica Kauã.
Como funciona a pesquisa
Antes de ir para as ruas escutar os santa-marienses, a equipe estrutura um cronograma detalhado de trabalho, o que garante qualidade e agilidade na entrada dos resultados. Após essa etapa, os aplicadores vão a campo. Mais de 30 participam da coleta, que ocorre ao longo desta semana em locais de grande circulação, como o Calçadão e a região do Bairro Camobi. A escolha dos pontos, conforme Porto, garante a diversidade das respostas. A participação é voluntária e as informações são usadas apenas para fins estatísticos, sem a coleta de dados pessoais.
Depois da etapa de campo, os dados são analisados com o auxílio do software estatístico, que permite cruzar informações e identificar as empresas mais citadas em cada categoria. Nessa fase, duas professoras da UFSM, instituição a qual a empresa é vinculada, acompanham o projeto e auxiliam na validação das etapas e na análise dos dados. O resultado final será apresentado em formato de relatório, com dados visuais e comparativos.
– Esse programa nos ajuda a cruzar as informações e entender as relações entre o perfil de quem respondeu e as marcas citadas. Assim, conseguimos apresentar resultados mais concretos e visuais, facilitando a interpretação – comenta o diretor de projetos.
Porto também destaca que o diferencial do Top of Mind está na espontaneidade das respostas: os entrevistados não recebem opções de marcas, apenas respondem o que vem à mente.
– O fato de a pessoa não lembrar já é uma resposta. Queremos capturar a lembrança genuína, sem interferência de fatores externos – conclui.
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